Meu envolvimento com Música Popular começou em 1968. Já estava em Publicidade desde 1960 e naquela época, além de minha atuação na Denison Propaganda como Redator, pedi e obtive da Diretoria autorização para montar uma produtora de fonogramas, a Planisom, com o saudoso Chico Feitosa, o Chico Fim de Noite, um dos mais importantes compositores da Bossa Nova.
Chico, inclusive, estava com a famosa turma que levou a Bossa Nova para o Carnegie Hall, em 1962. De nosso convívio fazendo jingles, iniciamos uma parceria e em 1969, tive as primeiras duas músicas gravadas: Bença, uma balada lançada pelo Luís Carlos Ismail e Mágoa de um Sambista, gravada pelo próprio Chico, na CBS.
Foi nessa época que conheci o Paulinho Soares, que pintou na Planisom e se revelou um jinglista maravilhoso, criador de letra e música, com um timing perfeito e uma intuitiva noção conceitual de Marketing, que deu um impulso às nossas criações.
Em 1970, Paulinho e eu acertamos que iríamos disputar o V FIC, (Festival Internacional da Canção), evento que a Rede Globo já vinha realizando com muito sucesso e o Brasil inteiro ficava de olho na televisão acompanhando o festival que acontecia quase sempre no mês de outubro, no Maracanãzinho.
Fiz a letra de Quebra-cabeça, Paulinho criou a melodia e demos para a Brazuca do Antônio Adolfo defender. Deu tudo certo: Quebra-Cabeça ficou entre as finalistas e animou o Ginásio na final, Quem ganhou naquele ano foi a famosa BR-3, de Antônio Adolfo e Tibério Gaspar, outro já saudoso amigo.
Como a Brazuca era liderada pelo Antônio Adolfo , muita gente pensa que Quebra-Cabeça também é dos dois. Zapeando na web encontrei a gravação original de Quebra-cabeça, que, posteriormente também foi gravada pela cantora Diana e por Oswaldo Montenegro, num registro marcante.
Pra matar a Saudade, aí vai Quebra-Cabeça para vocês ouvirem.
Espero que gostem.