E não é que o Dalai Lama me deu a maior moral?

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Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ONTEM e o outro se chama AMANHÃ, portanto HOJE é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver.

Dalai Lama

Seguindo um ritual que vem se prolongando há décadas, no dia 21 de junho de 2019, exatamente às 4 e meia da manhã, eu completei mais um ano de vida.

Em outras palavras, inteirei 79 anos e confesso que, passados alguns dias da data, ainda não me acostumei com a nova idade.

Estou, em primeiro lugar, tentando me acostumar com a novidade. Péssimo trocadilho, mas faz sentido.

Para os de minha geração, alguns anos mais moços, queria pontuar que fazer 79 anos não é nada.

O dia chega, de repente, e te pega pelo pé, como aquela onda mais forte, que te derruba perto da areia, te fazendo de tolo na frente das pessoas que estão com você na praia, isto é, que estão com você na Vida.

Quando me dei conta de que os 79 anos tinham chegado, ossos do ofício, pensei em colocar algum insight sobre o tema no meu blog, até por que, como ele se chama Publicidade Vivida, não posso me esquecer de que dos 79 anos, 59 foram passados dentro da Publicidade, meu ofício, meu sacrifício e até meu caminho percorrido para uma merecida aposentadoria, com a qual não me conformo. E continuo trabalhando.

Até me lembrei da frase de um assistente, espécie de secretário, do famoso Sérgio Porto (quem não conhece Sérgio Porto, procure livros do Stanislau Ponte Preta).

Ele dizia uma coisa que pra mim é uma pura verdade: “tudo que devo ganhei na Televisão.”

É o meu caso: tudo que devo, ganhei na Publicidade!

Mas, voltando ao início da conversa; consciente dos 79 anos bem vividos, passou pela minha cabeça uma ilação curiosa: aritmeticamente falando, pensando bem, 79 anos não é muita coisa. Meu Fluminense já é centenário e todo ano me assusta, ameaçando cair pra divisão de baixo do Brasileirão.

Nossa República já tem 130 anos (e que República!).
Brasília ano que vem faz 59 anos e demonstra todo dia que ainda não tomou Juízo.

Seguro de que 79 anos é pouco expressivo, achei que faria sentido multiplicar os 79 anos por 365 dias.
Aí a coisa ficou mais real. Cheguei à conclusão de que vivi 28.835 dias. Isso mesmo: 28.835 dias!

Me alegrei com o número e mais ainda: cheguei a cristalina conclusão de que por ter vivido 28.835 dias, um dia a mais, ou um dia a menos não faz nenhuma diferença!

E o que é ainda melhor: um dia a mais, ou um dia a menos faz toda a diferença.

O dia é hoje. Está aí o bom o velho Dalai Lama que não me deixa mentir…

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